Em campanha de conscientização para doação de sangue, saiba quais doenças precisam de transfusão, maior atenção e cuidados
Durante todo o mês de junho, o Ministério da Saúde alerta e reforça a campanha para a doação de sangue nos hemocentros de todo país. Em situação crítica, a Fundação Pró-Sangue alerta que tipos sanguíneos mais raros, como o O-, enfrentam estoque zerado, sem reposição imediata no estado de São Paulo. Informações como essa trazem o alerta para cenários em que a transfusão pode ser quesito primordial para salvar uma vida. Para além dos acidentes, as doenças sanguíneas são um tópico que também preocupam os médicos.
Segundo o hematologista do Grupo São Lucas de Ribeirão Preto, Dr. Vinicius Tomazini (CRM: 176569/RQE: 90523), o sangue é um sistema complexo do organismo e pode ser acometido por diversas doenças que podem não estar relacionadas apenas ao sangue, mas também a medula óssea, considerada a “fábrica das células do sangue”.
“Uma das alterações mais comuns é anemia por deficiência de ferro que acometem mulheres em idade fértil ou idosos. Quando pensamos em ‘cânceres do sangue’, temos que lembrar das leucemias, linfomas e miolemas múltiplos. No hospital, a principal alteração nos pacientes internados é a anemia, que tem várias causas. Já em relação aos pacientes oncohematológicos é mais comum quadros de leucemias agudas, já que muitos tratamentos com quimioterapia são necessárias internações”, explica.
Em casos de maior gravidade, os sintomas mais comuns são anemia, cansaço extremo, fadiga, sangramentos espontâneos e presença de aumento de gânglios, popularmente conhecido como ínguas. A investigação exige exames de sangue minuciosos com olhar crítico de um hematologista experiente e, se necessário, exames de avaliação de medula óssea. Além da hematologia, os pacientes podem em primeiro momento passar por avaliação com cardiologista, ginecologistas, infectologistas ou oncologistas.
O médico ainda comenta que os tratamentos na área passaram por revoluções significativas nos últimos 10 anos, com surgimento de terapias-alvos, novas imunoterapias, uso de anticorpos biespecíficos e terapia celular.
“Hoje nos mais recentes congressos são apresentados dados de tratamento para leucemias com apenas terapias-alvos e imunoterapia, onde estamos livres de quimioterapia clássica e padrão. No âmbito dos linfomas e miolemas múltiplos, o surgimento de terapias com anticorpos biespecíficos e terapia celular trazem excelentes taxas de curas ou novas opções de tratamento em linhas onde não tínhamos mais opções terapêuticas”, relata.
Dentro do processo, a transfusão de sangue pode se tornar necessária e, com isso, a campanha Junho Vermelho vem de reforço para diversas situações.
“É muito comum os pacientes necessitarem de suporte de transfusão de sangue, pois tantos esses cânceres do sangue como os tratamentos quimioterápicos pioram a anemia ou reduzem as plaquetas, e dessa forma torna-se necessário o uso de transfusão de hemocomponentes para a melhora clínica e dos sintomas dos pacientes. Um exemplo importante é o caso de pacientes com leucemias agudas, que na maioria das vezes vão precisar de suporte de transfusão ao longo do tratamento. Além dos pacientes oncológicos em tratamento, muitos outros pacientes em emergências nos hospitais como acidentes ou traumas necessitam de forma rápida da transfusão de sangue para garantir a estabilidade dos sinais vitais”, reitera.
Sobre o Grupo São Lucas – O Grupo São Lucas de Ribeirão Preto (SP) é uma marca de tradição, qualidade e confiança em medicina de excelência há mais de 50 anos, com médicos especialistas, atendimento humanizado e estrutura própria com alta tecnologia. É composto pelo Hospital São Lucas, Hospital São Lucas Ribeirania e São Lucas Medicina Diagnóstica. O Grupo, localizado em Ribeirão Preto (SP) é administrado pela Hospital Care, uma holding de serviços de saúde formada por mais de 30 unidades entre hospitais e clínicas, em 7 cidades do país.
Bruna Martinelli 16 988651664 [email protected]