Cientistas do Weizmann visitam o Brasil e apresentam avanços em neurociência, meio ambiente e inteligência artificial

O Brasil recebeu três importantes representantes do Instituto Weizmann de Ciências, de Israel: o neurocientista e presidente da instituição, professor Alon Chen,  a microbiologista marinha Einat Segev e o CEO para a América Latina, Daniel Shmit.  

Em passagem por São Paulo, os cientistas participaram de uma intensa agenda de encontros e apresentações, incluindo uma conversa exclusiva no escritório de Marcos Lederman, com apoio do CDPP, onde compartilharam um panorama das pesquisas mais inovadoras conduzidas atualmente no Instituto.

Mario Fleck, presidente dos Amigos do Weizmann Brasil abriu o encontro destacando a visão histórica de Chaim Weizmann, primeiro presidente de Israel e fundador do Instituto, que acreditava na ciência como pilar fundamental do desenvolvimento nacional. Ele explicou que o Weizmann busca recrutar os cientistas mais brilhantes do mundo, oferecendo liberdade, infraestrutura e recursos para que possam explorar pesquisas movidas pela curiosidade.

Ao apresentar o professor Alon Chen, Fleck ressaltou sua trajetória acadêmica e suas contribuições na área de neurobiologia do estresse e saúde mental.

Ciência de excelência movida pela curiosidade

Alon Chen compartilhou com os presentes os pilares que sustentam o sucesso do Instituto: reunir os melhores talentos, garantir infraestrutura de ponta e proporcionar total liberdade acadêmica. Com quase 90 anos de história, o Weizmann é reconhecido como um dos 10 melhores centros de pesquisa do mundo.

O presidente destacou que uma das grandes frentes atuais do Instituto é a inteligência artificial, tecnologia que já está transformando áreas como genética, astrofísica, química e neurociência. Para Chen, o diferencial não está apenas no poder computacional, mas na qualidade dos cientistas que lideram essas inovações.

Outro destaque de sua fala foi com base nas suas pesquisas como neuro cientista e stress. “O cérebro humano é a última fronteira da pesquisa biomédica”, afirmou Chen, lembrando que distúrbios como Alzheimer, Parkinson, depressão, ansiedade e autismo ainda não têm tratamentos eficazes. Ele defendeu uma abordagem multidisciplinar, integrando neurociência com física, matemática, ciência da computação, química e psicologia — algo possível no ambiente colaborativo do Weizmann, onde cientistas vivem e trabalham no mesmo campus.

Além do cérebro, Chen apontou outras áreas estratégicas do Instituto:

  • Doenças infecciosas e imunologia, com foco em preparação para futuras pandemias;
  • Astrofísica e física de partículas, com participação em grandes projetos internacionais como o Giant Magellan Telescope;
  • Sustentabilidade ambiental, uma área em rápido crescimento no Instituto.

Pesquisas ambientais com impacto global

A cientista Einat Segev também compartilhou suas impressões e pesquisas. Em sua primeira visita ao Brasil, ela se disse profundamente tocada pela consciência ambiental presente em diferentes gerações do país — algo que, segundo ela, levará de volta para Israel como inspiração.

Einat apresentou a principal iniciativa ambiental do Instituto Weizmann, voltada à ciência básica de excelência com impacto real. Ela explicou que os desafios ambientais exigem soluções ousadas e interdisciplinares, e que o Weizmann oferece condições únicas para isso, como:

  • Liberdade para explorar ideias criativas;
  • Infraestrutura de ponta e uma comunidade vibrante;
  • Apoio constante e ambiente colaborativo semelhante a uma startup científica.

Einat também detalhou um dos projetos mais empolgantes: o Centro de Pesquisa Marinha do Instituto, que conta com um “oceano indoor” — um laboratório que simula as condições do mar com controle absoluto de temperatura, luz, composição química da água e microrganismos. Essa tecnologia permite estudar com precisão o impacto da poluição, das mudanças climáticas e das interações entre microrganismos marinhos e o ambiente.

Ela concluiu destacando que, para enfrentar os desafios ambientais, é preciso ir além da simples descrição dos problemas. É necessário entender seus mecanismos profundos e transformar esse conhecimento em soluções reais para o planeta.

Sobre o Instituto Weizmann de Ciências

O Instituto Weizmann de Ciências é um dos principais institutos multidisciplinares do mundo. Localizado em Rehovot, Israel, ocupa a décima posição no Ranking Leiden em impacto de pesquisa e foi classificado em segundo lugar no Ranking da Nature Index em qualidade de pesquisa. Com mais de 5.400 cientistas, técnicos de laboratórios e estudantes, a instituição possui uma cultura internacional vibrante. Há mais de 70 anos, dedica-se à busca por novas formas de combater doenças e proteger o meio ambiente, através do conhecimento e da inovação tecnológica.

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Liane Zaidler
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