Vacinação contra gripe no RS começa nesta segunda

Imunização será em uma etapa, para todos os grupos prioritários, incluindo crianças, trabalhadores da saúde, gestantes, professores e indígenas. Campanha Nacional de Vacinação vai até 31 de maio.

A campanha de vacinação contra a gripe começa nesta segunda-feira (10), em todo o Brasil. No RS, o governo do RS pretende imunizar mais de 5 milhões de pessoas que estão nos grupos prioritários, de acordo com a campanha contra a doença lançada pelo Ministério da Saúde.

A vacina da gripe é de dose única, composta por três cepas do virus influenza: A-H1N1, H3N2 e influenza B. O imunizante ajuda a evitar quadros graves da doença, principalmente em pessoas mais vulneráveis, que podem levar a internações hospitalares durante os meses de inverno. A 25ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza será realizada de 10 de abril a 31 de maio deste ano.

Os grupos prioritários da campanha são crianças com idade entre seis meses e seis anos, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, professores de ensino Básico e Superior, povos indígenas, idosos com mais de 60 anos, profissionais das forças de segurança e salvamento, profissionais das forças armadas, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais e pessoas com deficiência permanente.

Também terão prioridade na vacinação caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários, população privada de liberdade, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.

A meta da campanha é vacinar, pelo menos, 90% das crianças, gestantes, puérperas, idosos, povos indígenas, professores e trabalhadores da saúde.

No ano passado, mais de 800 pessoas foram hospitalizadas no RS por sindrome respiratória aguda grave, causada por influenza, e 136 morreram.

Público-alvo preliminar estimado no Rio Grande do Sul

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos – 753.643
  • Gestantes e puérperas – 108.654
  • Pessoas com 60 anos ou mais – 2.219.023
  • Trabalhadores da saúde – 361.210
  • Indígenas – 34.807
  • Pessoas com comorbidades – 665.072
  • Adolescentes em medidas socioeducativas – 1.249
  • População privada de liberdade – 33.699
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade – 6.745
  • Professores – 153.385
  • Forças de Segurança e Salvamento – 28.178
  • Forças Armadas – 38.899
  • Pessoas com deficiência – 488.941
  • Caminhoneiros – 128.564
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso – 29.034
  • Trabalhadores portuários – 4.051
  • Total: 5.055.154

Influenza

A influenza, nome do vírus que transmite a gripe, é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade, distribuição global e com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de influenza variam de quadros leves a graves e podem levar a óbito. É uma infecção respiratória aguda, causada pelos tipos A, B, C e D, sendo os vírus A e B responsáveis por epidemias sazonais. Além disso, o vírus influenza A encontra-se especificamente associado a eventos pandêmicos, como o ocorrido em 2009.

Geralmente, o período de incubação do vírus influenza é de dois dias. A infecção pode ser assintomática ou desencadear sintomas graves. Os quadros graves ocorrem com maior frequência em indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção, lactentes no primeiro ano de vida, crianças de seis meses a menores de seis anos de idade, gestantes, idosos com 60 anos ou mais e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

A transmissão ocorre por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse, espirros ou fala de uma pessoa infectada para uma pessoa suscetível. A síndrome gripal se caracteriza pelo aparecimento súbito de febre, cefaleia, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga.

Queda na cobertura

Apesar dos benefícios comprovados, a procura pela vacina vem caindo no Estado. A última vez que a meta de 90% dos grupos prioritários vaciandos foi alcançada foi em 2020, quando chegou a 93%. No ano passado, caiu para 65% do público alvo, o menor indice de cobertura dos ultimos cinco anos.

  • 2022 – 65,2%
  • 2021 – 79,3%
  • 2020 – 93,5%
  • 2019 – 87,2%
  • 2018 – 86,3%

 

By Natasha Figueredo

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