A BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, está planejando causar uma avalanche no mercado financeiro, especificamente nos fundos negociáveis de índices (ETF, na sigla em inglês). A expectativa do grupo é criar ao menos 100 ETFs no Brasil nos próximos anos — cerca de cinco vezes o número de ETFs disponíveis para negociação. Um “exchange-traded fund” funciona como uma ação ao ser negociado na Bolsa de Valores, mas, diferentemente, eles acompanham um índice ou um grupo de ações. O ETF mais negociado no Brasil é o BOVA11, que tenta replicar a carteira teórica do Ibovespa.
O movimento tenta aproveitar o atraso no mercado brasileiro de ETFs. Na última década, esse segmento no mercado mundial triplicou, alcançando mais de 7 trilhões de dólares, mas aqui não Brasil não chega a 10 bilhões de dólares. A explicação pode estar nas altas taxas de juros pagas pelo Brasil no passado, que capturava os investidores e alijava o mercado de renda variável. Com a Selic no menor patamar da história e uma enxurrada de pessoas físicas aumentando a liquidez de todo o mercado, a BlackRock acredita que este é o momento perfeito para estimular este segmento.