Os números divulgados nesta sexta-feira, 30, pelo Banco Central, de que a dívida pública alcançou o patamar de 90% do PIB mostram que a crise fiscal está no seu ponto mais crítico. E, para piorar, não deve parar por aí. Deve alcançar 106% do PIB nos próximos cinco anos. Fica claro que este é o problema prioritário da política macroeconômica. E, entre os projetos que estão sendo discutidos, a reforma administrativa pode ter um impacto significativo sobre isso. Um estudo do Centro de Liderança Pública (CLP) projeta uma economia de 400 bilhões de reais da dívida pública com a aprovação da reforma Administrativa até 2034. Mesmo restringido a reforma apenas a novos servidores, o setor público poderia economizar pelo menos 24,1 bilhões de reais anualmente logo nos primeiros anos.
“Os números do Banco Central só confirmam a necessidade urgente de reformas estruturais que foquem na melhorias dos serviços, mas que também trarão efeitos colaterais positivos sob a ótica fiscal. O governo e o Congresso já tem as ferramentas para lidar com a situação, resta saber se as autoridades vão enfrentar o problema ou se o país seguir nessa rota cujo horizonte é o precipício fiscal. O resgate da confiança na economia de mercado e na democracia são fundamentais para garantirmos o crescimento sustentável, a justiça social e deixarmos o país melhor, mais confiável e estável para as próximas gerações”, afirmou Tadeu Barros, diretor de Operações do CLP (Centro de Liderança Pública) e coordenador do movimento Unidos Pelo Brasil.