Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2020
Idosos mantêm predomínio entre os óbitos causados pela Covid. (Foto: EBC)
O Rio Grande do Sul completa nesta terça-feira (10) oito meses desde a confirmação de seu primeiro caso de coronavírus. Até agora, são pelo menos 261.656 gaúchos infectados (94% já recuperados), 781 deles acrescentados pelo mais recente boletim da SES (Secretaria Estadual da Saúde), divulgado no final da tarde passada. Já os óbitos chegam a 5.997, com cinco novas vítimas.
A estatística, que abrange todos os 497 municípios do Estado, é detalhada nas plataformas digitais, redes sociais e sites do governo gaúcho e da própria SES, incluindo o Twitter, por meio do qual são divulgadas as atualizações mais frequentes.
Ainda no que diz respeito às perdas humanas, o relatório deste primeiro dia útil da semana abrange vítimas de 60 a 78 anos, ressaltando um aspecto global que permanece inalterado desde a chegada da pandemia, não apenas no território gaúcho: a prevalência de idosos entre os casos fatais da Covid.
O começo
A chegada da pandemia ao mapa gaúcho foi oficializada no dia 10 de março (duas semanas após São Paulo anunciar o primeiro registro no Brasil), por meio de uma coletiva de imprensa com o governador Eduardo Leite. Como caso inaugural no Estado, um homem de 60 anos, residente em Campo Bom (Serra) e que no dia 23 de fevereiro havia retornado de viagem à Itália – um dos epicentros da doença na época.
Enquanto a informação era divulgada, o Palácio Piratini já admitia a notificação de outros 86 casos suspeitos de Covid-19 que permaneciam sob observação. Uma dessas pessoas se tornaria, no dia seguinte, o caso comprovado de número 2 no Estado e a primeira na estatística de Porto Alegre: uma mulher de 54 anos e que também fizera turismo na Itália, voltando no dia 6 de março.
Já a primeira morte causada pela Covid-19 seria registrada no dia 25 de março, em Porto Alegre. Ao anunciar o fato por meio de nota oficial, o prefeito Nelson Marchezan Júnior detalhou que a vítima era uma mulher de 91 anos, internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Moinhos de Vento.
A exemplo do que acontece em praticamente todo o planeta, dois segmentos populacionais gaúchos seriam os mais vulneráveis à doença: os pacientes com outras doenças crônicas (cardíacas, respiratórias, circulatórias ou neurológicas, além de diabetes, câncer e obesidade, dentre outros males de saúde) e os idosos – o recorde no Estado é o de uma anciã de 107 anos, falecida em setembro.
(Marcello Campos)